domingo, 18 de dezembro de 2016

Resenha: Ponto de Impacto

Eu não poderia deixar de indicar este livro que fui convidado a ler apenas com a sua sinopse. Por ser apenas a segunda obra de Dan Brown até o momento de sua publicação, Ponto de Impacto não vem com a riqueza de detalhes presentes nas obras mais famosas do autor, como em O Código Da Vinci e Anjos e Demônios (que vieram posteriormente), mas certamente prende a atenção de quem gosta de ação, conspiração, política, ou mesmo todas essas categorias juntas.



A história baseia-se na corrida presidencial entre o atual presidente Zachary Herney e o candidato também político, o senador Sedgewick Sexton. O primeiro defende a liberação de verba para a agência espacial americana (NASA), ao tempo que o segundo promete em sua campanha buscar formas de frear esses gastos que o mesmo alega serem desnecessários e sem resultados. Nesse momento, a NASA encontra um meteorito congelado em uma plataforma de gelo localizada no oceano polar ártico, e desloca profissionais de diversas áreas para trabalhar em cima da nova descoberta. Entre eles está Rachel Sexton, filha do senador e analista da NRO – escritório de inteligência americano – que foi convocada pelo presidente Herney para levantar e divulgar os dados obtidos.
A partir daí, surgem suspeitas de que a descoberta na verdade não passa de uma fraude, e os cientistas e envolvidos passam a ser caçados por um grupo de profissionais que seguem ordens de um líder então desconhecido.


Ponto de Impacto
Título original: Deception Point
Autor: Dan Brown
Ano: 2005 / Páginas: 448
Editora: Sextante

domingo, 11 de dezembro de 2016

Resenha: Invasão à Casa Branca (Olympus has fallen)

Hoje venho indicar um filme que me agradou em diversos pontos. Em primeiro lugar porque sou muito atraído por conspirações em questões de governo, poderio bélico, tecnológico etc. Em segundo, porque a temática do filme envolve muito as Relações Internacionais somado aos aspectos citados no item anterior. Então vamos aos fatos.

O presidente dos EUA, Benjamin Asher (Aaron Eackhart) recebe o Primeiro Ministro Sul Coreano Lee Tae-Woo (Keong Sim) em seu gabinete. Neste dado momento, a Casa Branca sofre uma invasão, que os força a ir para o subsolo do prédio. Enquanto o presidente e o Primeiro Ministro ficam confinados, ocorre um guerra tanto no lote e nas ruas próximas quanto aérea na capital americana.

Este é um filme que certamente não foi produzido para concorrer a nenhum Oscar, mas chama bastante atenção por suas conspirações no que se trata de Estados Unidos e Coréia do Norte.

Invasão à Casa Branca
Título original: Olympus Has Fallen
Ano: 2013
Direção: Antoine Fuqua

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Arquitetos do Poder


“A política é um jogo estratégico!” e “A competição eleitoral é selvagem!”

A partir dessas verídicas afirmações, poderemos compreender a importância dos “arquitetos do poder” – consultores de Comunicação política popularmente conhecidos como marqueteiros –, tanto na ascensão de um candidato a um cargo público quanto na manutenção do poder, através da opinião pública.
Sabe-se que o voto é o objetivo principal para o político que ambiciona ser eleito ou manter o posto que ocupa. E como a competição eleitoral é selvagem, o seu primeiro passo é a obtenção de uma imagem positiva para garantir um apoio popular suficiente que suceda na sua eleição.
Devido a essa necessidade de identificação popular, surge o marketing político. Com o intuito de adaptar a linguagem política com a do povo, os marqueteiros (profissionais de comunicação política) são os arquitetos de todo o marketing eleitoral a ser usado na disputa por votos e a busca por poder.
Compete a este profissional ressaltar o lado bom do candidato e de seu plano oferecido ao eleitor, e tentar neutralizar ao máximo o lado ruim, através da disponibilização de informação à imprensa.
Discurso (Tema, palavras usadas, entonação da voz), aparência estética do candidato (roupas, cabelo, acessórios, barba), meios de comunicação (TV, rádio, internet, outdoors, panfletos e passeatas) e estratégias como a combinação de pesquisas e notícias, são algumas ferramentas e meios usados por marqueteiros com o intuito de criar um ambiente favorável do candidato com os eleitores na busca do tão almejado voto.
Aquela emoção usada nas propagandas, as músicas feitas para “grudar na mente”, os slogans com frases de efeito, as ações dos políticos e a publicação de pesquisa e notícias (por vezes usadas na degradação do adversário) são provas dessa tentativa de oferecer ao povo uma figura agradável e que pareça que os trará bons resultados.
A mudança da imagem Pública de Lula nas Eleições (1989/2002)
A soma da nova imagem pública com o cenário político favorável à Lula, renderam a sua eleição como Presidente da República em 2002.
Para a conquista dos votos não se mede esforços. E além de todas estratégias  e fatores políticos  usados no início dessa busca por poder. Os marqueteiros são de extrema importância na campanha eleitoral  tendo a capacidade de decidir as eleições por meio dessa manipulação da opinião pública.
Porém, a comunicação política não pode mais que a própria política. Ou seja, outros fatores políticos contam nas eleições e deverá haver responsividade por parte do líder eleito.

No final, todos candidatos se mostram bons e cabe ao povo decidir.
------------------------------------------------------------------------------
O título foi baseado na expressão usada no documentário "Arquitetos do Poder" de 2010, referindo-se aos popularmente conhecidos "marqueteiros" políticos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

E as desigualdades seguem presentes...

Viver na periferia permite a quem nela está inserido, ver o mundo sob uma perspectiva complementarmente exclusiva. Só quem anda em transporte coletivo, por exemplo, sabe como é conviver com pessoas de diversos contextos sociais em um ambiente tão comprimido e miscigenado. Recentemente ao voltar da faculdade, enquanto observava o comportamento de duas crianças de uma escola – particular e conceituada –, notei um garoto de aparência simples e modesta entrar no ônibus, pela porta ao lado das outras duas crianças. As três, tinham aparentemente a mesma idade, mas claramente tinham vidas diferentes. Em função do transporte no qual elas utilizavam e para onde estavam indo, é fácil deduzir que as crianças da escola particular não são de família abastada, porém, percebe-se que ambas têm oportunidades que muitas outras crianças não têm – como uma escola que lhe ofereça além de um bom ensino, ocupações em tempo integral, com atividades para o seu desenvolvimento pessoal, intelectual e saudável –.
A criança que entrou na metade da viagem estava com uma caixa de doces na mão, e saiu distribuindo-os e pronunciando um discurso decorado e que claramente não foi elaborado por ela, perceptível graças ao emprego de palavras complexas para alguém daquela idade e com aquela condição social. Claramente, palavras para tentar conquistar um cliente. Palavras que deve ter aprendido através da força da necessidade, a fim de contribuir financeiramente para o seu núcleo familiar. O meu sentimento ao vê-la, foi de querer ver aquela criança fardada. Vê-la àquele horário em um coletivo, mas por estar voltando de um dia de estudos e atividades na escola, e não saindo à procura de sustento para o seu núcleo familiar.
Nesses momentos sinto que a meritocracia deve ser considerada, mas somente quando o indivíduo que estiver em questão tiver oportunidades de crescer. 
É difícil desejar que alguém progrida, se não lhe oferecem condições para isso.

Bolsomitos x Bolsominions: onde eu me encontro em meio a essa discussão?

Frequentemente vejo conflitos entre os que se dizem pró vs os que se auto intitulam contra Jair Bolsonaro. Até o presente momento, eu não tinha manifestado o meu ponto de vista sobre o assunto. Então aqui estou e o farei agora. Bolsomitos x Bolsominions. Bastante cômico isso. Eu sou esse x, exatamente no centro da discussão. Deixem me explicar porque. Primeiramente o que tenho a dizer é que em nada me afeta se Jair Bolsonaro se candidatar à presidência ou não. Se ele o fizer e ganhar as eleições, particularmente, eu não tenho porque ser contra. Mas eu – empregado, universitário, heterossexual e de pele clara – sou suspeito a falar. Devemos lembrar que o presidente é um representante do povo no poder executivo. Devemos lembrar também que vivemos em uma sociedade. É evidente que nenhum candidato irá agradar todo mundo, pois ser humano nenhum é capaz disso. Mas sabemos que ele não representa uma parcela cada vez mais crescente da população (jovem principalmente). Logo, individualmente falando, ele poderia ganhar tranquilamente, já que suas propostas e discursos não me afetam diretamente. Seria interessante até, mudar o padrão de detentor do poder de líder máximo do executivo. Mas aí vem o ponto: é por causa de individualidades que a sociedade está decaindo e perdendo a sensibilidade humana, cada vez mais. Individualidade de posses e patrimônio utilizados em discurso da direita eu tenho e muito, pois sou capitalista. O que eu não tenho é o desejo de manter um posicionamento único no poder de uma sociedade cada vez mais mista. O problema não é ter posse. O problema é ter e não compartilhar. A solução não é aprender muito. A solução é aprender e compartilhar. Multiplicar. Esse é, para mim, o x da questão. Pensar no próximo a fim de proporcioná-lo condições de mudança e progresso, independentemente do que esteja em discussão. Vejo povos de países de direita como individualistas demais. Isso é bom, pois estimulam o investimento e fazem tudo funcionar. O problema é esse "demais". Essa individualidade demais causa o distanciamento entre as pessoas – em alguns casos cria o extremismo, criando bases até para guerra – coisa que não cabe em um país de povo tão unido como o povo brasileiro. É tanto que fica até difícil segregar uma sociedade que foi gerada através de misturas étnicas. Não dá. Aqui ninguém é puro de uma raça única. Não dá para pensar apenas em si.