Frequentemente vejo conflitos entre os que se dizem pró vs os que se auto intitulam contra Jair Bolsonaro. Até o presente momento, eu não tinha manifestado o meu ponto de vista sobre o assunto. Então aqui estou e o farei agora. Bolsomitos x Bolsominions. Bastante cômico isso. Eu sou esse x, exatamente no centro da discussão. Deixem me explicar porque. Primeiramente o que tenho a dizer é que em nada me afeta se Jair Bolsonaro se candidatar à presidência ou não. Se ele o fizer e ganhar as eleições, particularmente, eu não tenho porque ser contra. Mas eu – empregado, universitário, heterossexual e de pele clara – sou suspeito a falar. Devemos lembrar que o presidente é um representante do povo no poder executivo. Devemos lembrar também que vivemos em uma sociedade. É evidente que nenhum candidato irá agradar todo mundo, pois ser humano nenhum é capaz disso. Mas sabemos que ele não representa uma parcela cada vez mais crescente da população (jovem principalmente). Logo, individualmente falando, ele poderia ganhar tranquilamente, já que suas propostas e discursos não me afetam diretamente. Seria interessante até, mudar o padrão de detentor do poder de líder máximo do executivo. Mas aí vem o ponto: é por causa de individualidades que a sociedade está decaindo e perdendo a sensibilidade humana, cada vez mais. Individualidade de posses e patrimônio utilizados em discurso da direita eu tenho e muito, pois sou capitalista. O que eu não tenho é o desejo de manter um posicionamento único no poder de uma sociedade cada vez mais mista. O problema não é ter posse. O problema é ter e não compartilhar. A solução não é aprender muito. A solução é aprender e compartilhar. Multiplicar. Esse é, para mim, o x da questão. Pensar no próximo a fim de proporcioná-lo condições de mudança e progresso, independentemente do que esteja em discussão. Vejo povos de países de direita como individualistas demais. Isso é bom, pois estimulam o investimento e fazem tudo funcionar. O problema é esse "demais". Essa individualidade demais causa o distanciamento entre as pessoas – em alguns casos cria o extremismo, criando bases até para guerra – coisa que não cabe em um país de povo tão unido como o povo brasileiro. É tanto que fica até difícil segregar uma sociedade que foi gerada através de misturas étnicas. Não dá. Aqui ninguém é puro de uma raça única. Não dá para pensar apenas em si.
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